Porque um Blog?

Alguns amigos me perguntam sobre o que estou escrevendo no momento?
Escrevi durante algum tempo para o Jornal do Estado (Curitiba/Paraná), para alguns Jornais e Revistas Técnicos escrevia matérias tambem técnicas ( Seguro em Foco foi um deles).
Mas o que estou escrevendo no momento são crônicas, se é que posso rotula-las com este título!.
Na verdade um pouco de verdade e um pouco de fantasia sobre a verdade.
O Livro está praticamente pronto, daí: No Prelo!.

Vou postar aqui algumas dessas pequenas estórias e conto com a compreensão dos amigos, sobre meus erros e lapsos ( que não são poucos).

Bem sei que de boas intenções, está ladrilhada a estrada que leva ao inferno, contudo...Como quem está na chuva pretende se molhar.

Adoraria receber de algum amigo uma toalha bem felpuda.

Rodolpho.




sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

21 O Causo

O Causo

Quem me contou foi meu avô, que puxava para acontecimento diretamente com ele o que se passou, mas acho cá pra mim, que isso não seja verdade, porque anos depois, quando o Rolando Boldrim, ainda tinha um programa de televisão, contou este causo, igualzinho ao que meu avô havia dito ter ele mesmo presenciado ou vivenciado.

Verdade ou não, estória do meu avô ou do Rolando , não faz muita diferença, afinal, foi interessante e acho que é bom lembrar.

Dizia meu avô que o causo aconteceu lá pros cafundó do Rio Grande do Sul, quando ele era capataz de fazenda de gado e que muitos fazendeiros e outros capatazes se queixavam de roubo de bois, cavalos ou mulas ou algo assim.

Um dia, numa destas festas de fazenda e peões, os capatazes se reuniram e determinaram que todos iriam vigiar muito bem suas fazendas e que aquele que conseguisse prender os bandidos, deveria imediatamente fazer soar o sino da igreja e levar o bandido pra lá.

Eis que numa tarde o sino tocou e todos acorreram em alarido, e chegando lá, 2 matutos, muito lampeiros, vestidos de bota , chapéu e tudo que um cavaleiro veste e o capataz de uma das fazendas, com eles amarrados em cordas, gritava: Peguei..Peguei os ladrões..

Diz que foi um tumulto, gente querendo dar ponta pés, gente gritando : Safados, Ladrões, Vagabundos – Bandidos – e então alguém teve a idéia de jerico: Vamos pendurar os desgraçados lá no rio – ao que começaram os gritos do tumulto: Enforca – Degola, Capa.

Resolveram que iriam fazer isso tudo após amarrados em galho de árvore acima do rio, e que lá permaneceriam pendurados, para que outros bandidos não mais se aventurassem pela região com o mesmo propósito ., e escolheram inclusive quem seria o carrasco, em tal de Zé do Brejo (hehe).

E foram eles pro rio e lá chegando, penduraram um dos bandidos e amarraram a corda, porem o galho de árvore escolhida cedeu ao peso do homem, que havia muito se debatido e então caiu na água , e soltando-se nadou para a margem (oposta é claro), e saiu depois pelo mato em desabalada carreira e escafedeu-se.

Os peões ficaram só assistindo aquilo, pois não podiam atravessar o rio naquela altura dos fatos, voltando-se para o segundo bandido e gritando para o Zé do Brejo diziam: Zé , agora faz com esse direitinho que é pra não acontecer de novo.

E o peão então, puxando o cavalo onde estava montado o segundo bandido começou a procurar outra árvore, foi quando o segundo bandido disse:

- Seu Zé.....

- Fala Bandidão.

- O Senhor trate de procurar um galho bem forte viu?

- E bandido tem querênça por aqui é? Seu safado.

- Não é por nada não, me adiscurpa assuntá é que eu num sei nadar não sinhô, tenha dó seu Zé!

Pode?

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