Novo Psicólogo de plantão!
Meu amigo mais doido é um psicólogo, pode uma coisa dessas ?, e o pior é que ele por ser psicólogo, analisa a si mesmo como um caso bem complicado, e chega até a explicar de forma técnica ou digamos, profissional , o conceito que faz de seu caso e até comentários e conselhos que dá a si mesmo, e que na maioria das vezes sequer segue.
Claudião é um tipo de psicólogo diferente, formou-se já a uns 15 anos mas nunca atuou na área, alegando que não havia passado num tipo de provão que fazem para psicólogos e que desde aquela época, passados 15 anos estava se preparando (curando), e na semana passada deu até uma festa, para comemorar a cura do seu mais antigo e novo paciente/cliente – ele mesmo.
Andava sempre como se fosse um tipo andrógeno, Cabelos compridos, Barba por fazer, Camiseta do Iron Maidem ou Pink Froid, Coturno, e acho que uma vez vi até um brinco gigante daqueles tipo argolão emoldurando uma orelha invisível, dado a cabeleira até o meio das costas, mas sempre foi , independente da aparência externa, um cara gente boa, literato, adorador de óperas e do compositor Wagner, que classifica como não o Pai, e sim, o espermatozóide que deu origem a música clássica de boa qualidade.
Quando o encontrei, ontem, ele estava bastante diferente, Camiseta por baixo de uma camisa social branca, Pulôver azul marinho e ainda uma blusinha de lã muito comportada, Cabelos com corte clássico bem baixinho, Barba feita, Sapato mocassim, e quando me comprimentou apertando a mão, quase não o reconheci, pois sempre batia nas costas e fazia aqueles salamaleques estranhos com punhos fechados, palminhas e outras coisas típicas da modernidade dos roqueiros e punks de plantão.
Conversa vai, conversa vem, disse ele que na realidade eu não estava mais falando com ele, o Claudião, e sim com o Dr. Cláudio , psicólogo, atuante a 2 dias, mas com mais horas de vôo que o Comandante Ferraz, ou o Dick Vigarista do desenho do Mutley, e me apresentando um cartão de visitas muito bem elaborado, disse, : Se precisar de Mim é só me procurar.
E não é que dia destes eu o vi num programa de televisão fazendo análise comportamental de artistas ou algo assim?
Pelo jeito já se deu bem, afinal nesse mundo só tem doido mesmo!
Pode?
Porque um Blog?
Alguns amigos me perguntam sobre o que estou escrevendo no momento?
Escrevi durante algum tempo para o Jornal do Estado (Curitiba/Paraná), para alguns Jornais e Revistas Técnicos escrevia matérias tambem técnicas ( Seguro em Foco foi um deles).
Mas o que estou escrevendo no momento são crônicas, se é que posso rotula-las com este título!.
Na verdade um pouco de verdade e um pouco de fantasia sobre a verdade.
O Livro está praticamente pronto, daí: No Prelo!.
Vou postar aqui algumas dessas pequenas estórias e conto com a compreensão dos amigos, sobre meus erros e lapsos ( que não são poucos).
Bem sei que de boas intenções, está ladrilhada a estrada que leva ao inferno, contudo...Como quem está na chuva pretende se molhar.
Adoraria receber de algum amigo uma toalha bem felpuda.
Rodolpho.
Escrevi durante algum tempo para o Jornal do Estado (Curitiba/Paraná), para alguns Jornais e Revistas Técnicos escrevia matérias tambem técnicas ( Seguro em Foco foi um deles).
Mas o que estou escrevendo no momento são crônicas, se é que posso rotula-las com este título!.
Na verdade um pouco de verdade e um pouco de fantasia sobre a verdade.
O Livro está praticamente pronto, daí: No Prelo!.
Vou postar aqui algumas dessas pequenas estórias e conto com a compreensão dos amigos, sobre meus erros e lapsos ( que não são poucos).
Bem sei que de boas intenções, está ladrilhada a estrada que leva ao inferno, contudo...Como quem está na chuva pretende se molhar.
Adoraria receber de algum amigo uma toalha bem felpuda.
Rodolpho.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Tonhão
Tonhão
Trabalhava como Artesão na feira da cidade, fazia bolsas, sacolas e outros culotes.
Ao voltar para casa num bairro de periferia, sempre parava no Bar do Brother's, e por lá ficava até que a sede saciada e trocados minguados o informavam que estava na hora de ir pra casa.
Saia cambaleante, sorridente , e se estivesse ainda claro , até conversava com os pássaros e cães vadios, que fazendo as vezes de amigos, lhe indicavam o caminho correto.
Essa éra a rotina básica do Tonhão, por vezes Toninho.., o Pai o chamava de Tico, e a mãe Tiquinho, pois éra mais baixo ( diziam as más linguas), que cú de cobra.
Casa simples porem perfeita, éra toda cercada de muro alto, e várias outras casas na mesma quadra.
A rotina do lugar era calma e os vizinhos todos muito solidários.
Morar em bairro tinha suas vantagens e desvantagens, todos os dias uma legião de caricaturas se fazia presente, muitas vezes de carro com alto falante no último volume, alguns maloqueiros nas esquina, de noite, fumando maconha, arruaça com o som ligado..alguns gritos na madrugada.
Uma noite ele voltando pra casa deu de cara com aqueles baderneiros e cambaleante sem querer esbarrou em um deles que tão logo foi empurrado pregou-lhe um chute bem forte. Depois disso ele não lembrou mais de nada, acordou em casa sendo cuidado pela esposa, dois dentes ( da frente) quebrados e alguns cortes.
Daquele dia em diante fez uma promessa a si mesmo - Deixe estar um dia eu me vingo! Parou de beber com medo de voltar pra casa e passar pela mesma situação e não poder revidar e começou a fazer exercícios com aparelhos que inventou no quintal e tantas fez que realmente ficou forte e musculoso.
Numa noite voltando novamente pra casa deu de cara com os maloqueiros e pensou: É hoje! – e quando ia passando esbarrou de propósito no mesmo pilantra que o chutou no passado e já ia levar outro chute quando sacou uma arma e Bam...deu um tiro no próprio pé e ainda por cima recebeu outro chutasso e só acordou novamente em casa sendo cuidado pela esposa, o tiro no pé tinha sido de raspão mas o chute foi feio.
Triste e amuado, porque haviam ainda por cima tomado seu revolver falou bem alto.
Volto a beber e paro de fazer exercício, pelo menos eu saio do prejuízo!
É...não tem jeito mesmo!
Pode?
Trabalhava como Artesão na feira da cidade, fazia bolsas, sacolas e outros culotes.
Ao voltar para casa num bairro de periferia, sempre parava no Bar do Brother's, e por lá ficava até que a sede saciada e trocados minguados o informavam que estava na hora de ir pra casa.
Saia cambaleante, sorridente , e se estivesse ainda claro , até conversava com os pássaros e cães vadios, que fazendo as vezes de amigos, lhe indicavam o caminho correto.
Essa éra a rotina básica do Tonhão, por vezes Toninho.., o Pai o chamava de Tico, e a mãe Tiquinho, pois éra mais baixo ( diziam as más linguas), que cú de cobra.
Casa simples porem perfeita, éra toda cercada de muro alto, e várias outras casas na mesma quadra.
A rotina do lugar era calma e os vizinhos todos muito solidários.
Morar em bairro tinha suas vantagens e desvantagens, todos os dias uma legião de caricaturas se fazia presente, muitas vezes de carro com alto falante no último volume, alguns maloqueiros nas esquina, de noite, fumando maconha, arruaça com o som ligado..alguns gritos na madrugada.
Uma noite ele voltando pra casa deu de cara com aqueles baderneiros e cambaleante sem querer esbarrou em um deles que tão logo foi empurrado pregou-lhe um chute bem forte. Depois disso ele não lembrou mais de nada, acordou em casa sendo cuidado pela esposa, dois dentes ( da frente) quebrados e alguns cortes.
Daquele dia em diante fez uma promessa a si mesmo - Deixe estar um dia eu me vingo! Parou de beber com medo de voltar pra casa e passar pela mesma situação e não poder revidar e começou a fazer exercícios com aparelhos que inventou no quintal e tantas fez que realmente ficou forte e musculoso.
Numa noite voltando novamente pra casa deu de cara com os maloqueiros e pensou: É hoje! – e quando ia passando esbarrou de propósito no mesmo pilantra que o chutou no passado e já ia levar outro chute quando sacou uma arma e Bam...deu um tiro no próprio pé e ainda por cima recebeu outro chutasso e só acordou novamente em casa sendo cuidado pela esposa, o tiro no pé tinha sido de raspão mas o chute foi feio.
Triste e amuado, porque haviam ainda por cima tomado seu revolver falou bem alto.
Volto a beber e paro de fazer exercício, pelo menos eu saio do prejuízo!
É...não tem jeito mesmo!
Pode?
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